A bactéria Helicobacter Pylori pode colonizar o estômago e está relacionada ao aparecimento de úlcera, gastrites e câncer gástrico. A forma mais utilizada para confirmar sua presença é através do teste de urease, realizado pela coleta de amostras da mucosa do estômago com a pinça de biópsia.
Apesar de ser um teste simples, e o mais popular para fazer o diagnóstico da infecção pelo HP, não deixa de ser um teste invasivo, visto que requer exame de endoscopia para obtenção de um fragmento da mucosa gástrica.
Consiste na aplicação de agentes que realçam a superfície da mucosa gastrointestinal, permitindo uma melhor avaliação da mucosa durante a realização da endoscopia. Esta técnica é simples e segura, permitindo realçar a mucosa de diferentes orgãos como o esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado e intestino grosso.
A cromoscopia utiliza diversos agentes, como lugol, azul de metileno, indigo carmim e ácido acético, adaptados ao objetivo da endoscopia e ao órgão em questão. Além disso, técnicas de “cromoscopia digital” com filtros de luz proporcionam observação sem corantes, destacando vasos na mucosa. Essa prática, aplicada na endoscopia digestiva alta e colonoscopia, é crucial para detectar lesões discretas, incluindo tumores benignos com potencial cancerígeno, e avaliar irregularidades no esôfago de Barrett, facilitando biópsias e ressecções em áreas suspeitas.
Trata-se de um procedimento médico minimamente invasivo, realizado durante a endoscopia digestiva alta e colonoscopia, que busca remover um pedaço de tecido do corpo do paciente para que ele possa ser analisado em laboratório.
É realizado com o auxílio do endoscópio e consiste na coleta de uma amostra de tecido para ser analisada em microscópio. O material colhido pode ser do esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado, intestino grosso e reto. As amostras retiradas do organismo do paciente são estudadas e, através destas os patologistas, conseguem definir um protocolo de tratamento mais adequado a cada caso, a fim de obeter melhores resultados.
A mais avançada solução para o diagnóstico de intolerâncias alimentares. O teste pode levar até 180 minutos a depender da intolerância investigada e do tempo de trânsito intestinal do paciente. Mede a concentração de hidrogênio no ar expirado, avaliando a má absorção dos carboidratos, o tempo de trânsito orocecal e a superpopulação bacteriana. Teste não invasivo.
Os pólipos podem ser cortados e coagluados através de passagem de corrente elétrica, com material apropriado e, posteriormente, removidos para análise (anatomia patológica). No caso da polipectomia de cólon, é um ato crucial para a prevenção de câncer de cólon. A estratégia atual dos programas de prevenção de câncer de cólon recomendam, além da detecção precoce, a remoção de todos os pólipos impedindo alterações neoplásicas.
É uma técnica endoscópica que permite a remoção de lesões gastrointestinais presentes nas camadas superficiais da parede do tubo digestivo (camada mucosa e parte da submucosa). Principalmente em lesões até 15-20 mm, permite a remoção completa, em segurança e em bloco (num só fragmento), evitando-se o recurso à cirurgia nestes casos.
A mucosectomia utiliza alças diatérmicas, clips hemostáticos e equipamento de eletrocoagulação (E-cut) para realizar ressecções mais profundas, empregando endoscopia com sucção e injeção de solução salina para elevar e remover lesões com segurança. Devido aos riscos associados, é essencial utilizar a tecnologia mais avançada disponível no procedimento.
Método bastante útil em promover nutrição enteral nos pacientes que possuem o trato digestivo funcionante, mas por alguma razão, estão impossibilitados de manter ingestão oral adequada. Atualmente, a gastrostomia endoscópica percutânea é o método de escolha para nutrição enteral prolongada.
Trata-se da colocação de um pequeno tubo flexível, conhecido como sonda, através da pele da barriga diretamente até ao estômago, para permitir a alimentação e fornecimento de nutrientes nos casos em que a pessoa não consegue se alimentar pela boca, realizado por via endoscópica (sem cortes).
É uma opção de procedimento minimamente invasivo que trata o problema e ajuda a prevenir seu retorno. As hemorroidas são veias dilatadas associadas a frouxidão do tecido na parte inferior do ânus e do reto. Estas podem causar desconforto anal, sangramento, dor anal e coceira e tendem a ser mais comuns à medida que as pessoas envelhecem, ganham muito peso ou fazem esforço físico de forma intensa, além de pacientes em fase avançada da gravidez.
Consiste no tratamento endoscópico da hemorragia digestiva, controlando e parando o sangramento. A hemorragia digestiva alta (sangramento do esôfago, estômago ou duodeno), média (intestino delgado) e baixa (sangramento do intestino grosso ou reto) podem ser consideradas emergências médicas, sendo relativamente frequentes.
As causas de hemorragia digestiva incluem úlceras pépticas, ruptura de varizes, câncer gastrointestinal e lesões vasculares. O tratamento endoscópico, selecionado pelo médico, abrange modalidades como injeção de esclerosantes, ligadura elástica e aplicação de meios térmicos para controlar o sangramento. Esses métodos são eficazes tanto na hemorragia digestiva alta quanto na baixa, destacando a importância da endoscopia digestiva alta e colonoscopia para diagnosticar e tratar o sangramento digestivo.
Técnica endoscópica aplicada para várias situações na endoscopia digestiva para cessar sangramentos.
Utilizada em lesões vasculares do tubo digestivo, chamadas angiectasias (má formação), em hemorragias digestivas (úlceras e/ou tumores), no tratamento de retite actínica (pós radioterapia por câncer de próstata) e como método alternativo à cirurgia bariátrica (evitar o reganho de peso). O procedimento é bastante seguro e eficaz.
Também conhecido por balão-gástrico, é uma técnica que consiste na colocação de um balão no interior do estômago para ocupar espaço e promover a sensação de plenitude, de forma que a pessoa não sinta a necessidade de comer muito ou com muita frequência, o que favorece a perda de peso.
A presença do balão inflado dentro do estômago ocupa um espaço que seria do alimento, causando saciedade precoce. É colocado e retirado por endoscopia, não exigindo afastamento das atividades do dia a dia.